terça-feira, 26 de julho de 2016

Sobre sobremesas

A melhor sobremesa é sempre aquela que você prepara no domingo de manhã: usando pijamas e cabelo preso num coque mal feito. Lembrando sempre de se lambuzar junto com o irmão mais novo com o restinho que sobra do leite condensado!



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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Sobre Desejo & Delírio



- Teus olhos são verde-esmeralda, salpicados de estrelas!
- Talvez...
- Tua rebeldia, teu atrevimento, teu jeito... Irresistível labirinto!
- Talvez...
- É improvável qualquer tentativa de retrato teu, sem apaixonar-se!
- Talvez...
- Esse teu andar felino, esse teu olhar dourado de gato, esse teu espírito livre... Ainda será a tua ruína!
- Talvez...
- Chegará o dia em que borboletas no aquário e peixes voadores me farão algum sentido, assim como fazem para ti!
- Talvez...
- Os caminhos do teu coração são ressonantes como túneis... É possível andar por eles até envelhecer e morrer, sem passar novamente pelo mesmo lugar!
- Talvez...
- Você exala um perfume quase subliminar de verão, enquanto sorri em breves lampejos!
- Talvez...
- Tuas roupas desparelhadas e excêntricas, teu cabelo bagunçado, o caos, as cores e formas infinitas que vivem dentro de você... Não podem ser reais!
- Talvez...

- Talvez um dia o teu desejo e o teu delírio em demasia, te traiam... E você se perca de si mesma!
- Talvez...!!!



“Desejo vive no coração” & “Delírio vê o mundo de sua única e própria visão” 
- Sandman, Neil Gaiman.



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domingo, 12 de junho de 2016

Lista de músicas para manhãs frias de domingo

LIBERDADE / GUERRA FRIA

"Tudo por você, guerras pra depois,
Eu mudo por você
o mundo pra nós dois..."

***

IL TUO NOME IN MAIUSCOLO

"Sai mi fa confondere questo averti qui
Io quasi colpevole di poterti dire che...

Tu esisti dentro me
sei da difendere con grazia semplice, così...
Per l´amore che non hai
che non ho voluto mai
che ormai esiste dentro noi..."

***

BRILHA ONDE ESTIVER

"A estrela que eu escolhi não cumpriu com o que eu pedi,
e hoje não a encontrei...
Pois caiu no mar, e se apagou..."

***

BETTER DAYS

"My love is safe for the universe
See me now I´m bursting
On one planet so many turns...
Different worlds..."

***

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Sobre dias frios

Café! Conversa! Cobertor! Calor!
Cores neutras para dias frios: aquecidos por sentimentos sem nome...



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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sobre os sonhos guardados dentro do travesseiro – Parte I (Fotografias)

“Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”

Não haveria outra forma de iniciar este compilado de textos: com versos de uma música tão intensa, e ao mesmo tempo tão questionadora (para tempos de profundos questionamentos)!

Revirar os sonhos que ficam dentro do travesseiro é uma coisa doída... Você precisa se movimentar, sair da zona de conforto, precisa de alguém que te cutuque e te chacoalhe, você precisa perder o chão (além da identidade que se perde vagarosamente dia a dia, e não se sente).

Tudo começa com um curso de fotografia que você ganha de presente: para que você possa retomar um talento antigo e escondido, guardado na gaveta empoeirada da memória.

Fotografia é paixão antiga! É a sensação inocente de que você pode capturar e guardar um instante para sempre: porque tudo que você terá é apenas uma imagem, condicionada à entrada e passagem de luz por um sensor, através de um clique. Com o passar dos anos, esta imagem causará diferentes sentimentos nas pessoas que porventura possam vê-las: mas o que foi vivido no momento do clique, sempre será um mistério, reservado apenas aos modelos, que nunca mais sentirão a mesma coisa daquele instante.

Além do mais, a fotografia é mágica porque me faz pensar em analogias, como por exemplo: o quanto de luz eu deixo entrar em meu sensor, para que as fotografias do meu dia a dia possam ser as mais belas possíveis?! Ou então, sentir quando seu coração faz “clique”, e guarda um olhar, uma palavra, um sorriso, um momento único que você carrega para a vida toda.

Sim, romantismo com coisas simples muitas vezes é meu forte! 



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domingo, 10 de abril de 2016

Sobre a vulnerabilidade


Baixo minhas defesas e fecho os olhos: e você me bagunça por inteiro!




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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sobre corredores

Uma foto estranha, para uma semana extremamente estranha! Não poderia ter sido diferente!

Nunca sabemos ao certo onde vão dar os corredores que nos são apresentados no decorrer da vida... e alguns deles, deixam saudades eternas!!!

No corredor abaixo foi onde surgiram os primeiros textos, poesias, cartas, o amor por Humanas, e o descaso com Exatas! Onde havia o sentimento de que se poderia viver para sempre de versos, música, outonos, amigos e devaneios... Ver a foto abaixo com este corredor vazio traz Saudade & Solidão: Saudade de tudo, tudo mesmo! Solidão por entender no fundo da alma que nada é para sempre, e que nada, além de memórias, nos pertence! 

Há 15 anos a impressão era outra: o corredor era muito maior e se parecia muito mais com um palco, onde dançávamos e cantávamos "The Beatles" cada vez que a música-sinal tocava para que trocássemos de sala! E tantas outras coisas aconteceram neste palco-corredor-passarela onde parte da minha vida aconteceu!

Se eu fechar os olhos, ainda consigo sentir o cheirinho de livros nos armários, sentir os movimentos e passos, e ouvir as conversas e risadas! -Smells like teen spirit!-


Quanto à semana estranha? Nada além do glorioso mundo adulto, que nos enche de decepções, anseios, injustiças e descrenças... E que ainda assim consegue nos surpreender com coisas e sentimentos tão bonitos que não poderíamos nunca imaginar. 

Porque há sempre aqueles que nos salvam! Há sempre aqueles que fazem a diferença! E obrigada por existirem e cruzarem comigo pelos corredores!




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terça-feira, 14 de julho de 2015

Sobre a Modernidade (Líquida ou não!)

Já dizia Bauman que a modernidade está cheia de conexões (ao invés de relações e laços), e estas sofrem de fragilidades: exclusão e edição são coisas extremamente fáceis e praticáveis nos dias atuais - exclui-se o contato que já não lhe serve mais no trabalho, e edita-se a foto antes de publicá-la (porque a imagem tem que ser "leve", "fluida" e condizente com os padrões modernos!).

A liquidez, a leveza, a fluidez... não sustentam a ânsia do ser humano por muito tempo (a insustentável leveza!). Mas vivemos estes três itens dia a dia, cada vez mais, dedicando nossas vidas às frágeis conexões: virtuais, reais, espirituais, ideais... não temos mais a solidez das cartas escritas à mão, do preparo caprichoso e demorado da comida e da mesa, das promessas cumpridas por toda uma vida, da sola do pé sentindo a grama fresca, de esperar dias ou semanas para conseguir ver a foto tirada, das rugas no rosto com o passar do tempo... 

Lembrem-se, tudo pode ser excluído e editado! E nos tornamos escravos das "facilidades" da modernidade sem forma - tão líquida que chega a transbordar na falta de sentido! E como é difícil manter-se flutuando nessa liquidez, sendo levado pelas tendências, padrões, moldes, modelos, convenções, etc., etc., etc. 

Sim, você pode me dizer que não concorda com este conceito de modernidade, ou que talvez a leveza e fluidez em demasia não sejam assim tão ruins. Pode até mesmo tentar me convencer que este é o tempo que estou vivendo, e que tenho que me adaptar à ele... Mas eu insisto em me agarrar a algum destroço em meio à enxurrada, me beliscar às vezes para me manter acordada, me desacelerar para que a artificialidade não ganhe espaço na minha modernidade, líquida ou não!

E líquida ou não, nossa modernidade escorre entre os dedos... e sangra na alma!



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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Like Alice - Part XIV


a simplicidade do vento que toca as folhas:
assim é o andar de Alice...

nada mais é turvo, e nada mais é luz: é apenas simples!




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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Like Alice – Part XIII


De olhos inchados enxerga-se tão turvo e tão vagarosamente.
Os ombros e a alma pesam por tantos sentimentos.
O coração já não dá conta de bombear tudo.
A flecha e a palavra lançadas não voltam atrás.
O silêncio é o melhor companheiro, e o melhor esconderijo.
Os sonhos se perderam no caminho, e pararam para descansar em uma sombra qualquer.
As fotos e os versos se perderam junto com os sonhos.
As mãos já não sabem mais o que é abrigo, e os pés descalços doem.
O medo toma conta dos sentidos.
A dúvida é tão cruel quanto a lâmina sobre a pele quente.


Alice chegou à encruzilhada, e não sabe pra onde ir...



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