quinta-feira, 9 de maio de 2013

Like Alice - Part VI




Alice transitava entre a leveza e o peso.
Nunca antes o título e as páginas de um livro fizeram tanto sentido.
Já não tinha certezas, e seu coração ia da calma ao caos em instantes.
Entendia agora o que era entrar em cena, sem ter ensaiado.
Entendia agora que os amores são como impérios, que sua própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro e prolongada em centenas de ecos.
Entendia agora que queria ser desejada como se desejam todas as coisas perdidas para sempre.
Entendia agora que as partituras de sua vida começavam a tomar forma, e já não conseguia trocar os temas com a mesma facilidade de antes.

Já não sustentava sua leveza...


“Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está a nossa vida, e mais ela é real e verdadeira. Por outro lado, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, com que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificantes. Então, o que escolher? O peso ou a leveza?” – Milan Kundera






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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Like Alice - Part V

Alice transitava entre a calma e o desespero. Mas vislumbrava de forma clara a ordem dos pensamentos: há muito perdera o calor de viver...

Restariam faíscas, chamas latentes prontas para serem redescobertas?

E quem daria o sopro de liberdade para tudo isto?




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