segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


sou flor
desregrada
pintada
em óleo
alho
olho
chocalho
chacoalho
em sonhos
ao vento
ardente
pétala
envolta
solta
por ti
amor
pintado
em flor

Mari – 05/02/07
*Poesia publicada no livro "Manual da Poesia II"  -  Pg. 75  /  Ano: 2009

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Revisited

(...)
Num impulso e lapso nostálgico, decidi revisitar uma parte musical dos meus 12 anos. É incrível como a melodia e os versos continuam na memória, e continuam a fazer sentido!
Ou talvez seja apenas a minha alma adolescente sobrevivendo…


“And you're too tired to admit you've got to choose”
“I'm looking for a song to sing… So I might find a heart to follow”
(A Song to Sing)

“In this life long, love song
You can love right, you can love wrong
In this love song you can love long
But if you love wrong it doesn't mean love's gone”
(Love Song)

“You have so many relationships in this life
Only one or two will last…”
“So hold on the ones who really care
In the end they'll be the only ones there
When you get old and start losing your hair
Can you tell me who will still care?”
(Mmmbop)

"Run, run, runaway run
Maybe someday I will find some way
Maybe someday
I'll run away”
(Runaway run)

“I don't wanna be
Just drifting through the sea of life”
(Save me)

“Will it matter when you’re on your own?
Will it matter when you’re all alone?
Will it matter when you stop and smell the breeze?
And you don’t have me?
(Wake Up)

“So you don't stand out and you don't fit in”
“Isn't it strange how we all get a little bit weird sometimes?”
(Weird)

“Cause when the minutes seem like hours and the hours seem like days
Then a week goes by; you know it takes my breath away”
(A minute without you)

“Where's the love?
It's not enough
It makes the world go 'round and 'round and...”
(Where´s the Love)

“I'm feeling older and I'm wondering why”
(This time around)


Sim! Eu adorava os irmãos Hanson! =P

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre o Tempo

(...)

Tempo – substancial invento,
um suave veneno a escorrer entre os dedos.
E de nada adianta dizer ou fazer,
nós passaremos por ele – alguns mais rápido que outros,
e ele permanecerá: inerte, imóvel, intocável.

E todas estas palavras ficarão jogadas ao vento,
em um delicado intento
de tentar encontrar um sentido
dentro do tempo que me é dado.

Tudo tem seu tempo?
Ou seria o tempo que possui tudo?
Tudo aquilo que nos é dado, e subitamente, tirado...

O tempo é o agora, é já!
E para sempre será:
Substancial invento...

domingo, 31 de outubro de 2010

Time stand still

(...)

I turn my back to the wind
To catch my breath,
Before I start off again
Driven on,
Without a moment to spend
To pass an evening
With a drink and a friend

I let my skin get too thin
I'd like to pause,
No matter what I pretend
Like some pilgrim
Who learns to transcend
Learns to live
As if each step was the end

Time stand still
I'm not looking back
But I want to look around me now
Time stand still
See more of the people
And the places that surround me now
Time stand still

Freeze this moment
A little bit longer
Make each sensation
A little bit stronger
Experience slips away...
Experience slips away...
Time stand still

I turn my face to the sun
I close my eyes
I let my defenses down
All those wounds
That I can't get unwound

I let my past go too fast
No time to pause
If I could slow it all down
Like some captain,
Whose ship runs aground
I can wait until the tide comes around

Time stand still
I'm not looking back
But I want to look around me now
Time stand still
See more of the people
And the places that surround me
Now

Freeze this moment
A little bit longer
Make each sensation
A little bit stronger

Make each impression
A little bit stronger
Freeze this motion
A little bit longer

The innocence slips away...
The innocence slips away...
Time stand still
Time stand still

I'm not looking back
But I want to look around me now
See more of the people
And the places that surround me now
Time stand still

Summer's going fast
The nights growing colder
Children growing up
Old friends growing older

Freeze this moment
A little bit longer
Make each sensation
A little bit stronger
Experience slips away...
Experience slips away...
The innocence slips away...


-Rush-

domingo, 5 de setembro de 2010

Sobre o início e o fim

(...)

Já dizia um velho livro
que no início o Planeta era escuro e sombrio,
e perambulava pelo universo informe e vazio.

Depois veio a luz e o firmamento,
as terras, os mares e as águas,
as sementes e as plantas,
o sol, a lua e as estrelas.

E a vida começou a borbulhar na água, na terra, no ar...
Moléculas deram as mãos em prol de organismos mais complexos:
os peixes, os anfíbios e os grandes répteis,
e depois as aves e os mamíferos.
E assim passaram-se milhões de anos...

¡Evolução!

Até que, num determinado ponto da história deste Planeta em questão,
uma especial-espécie tomou um caminho distinto na evolução,
e dentre vários “homos”, a sapiência encontrou o seu lugar.

O mesmo velho livro conta
que houve uma ordem
para que esta espécie se multiplicasse
e o Planeta dominasse...
E foi exatamente assim que aconteceu!

¡Revolução!

A espécie sapiens descobriu o seu maior tesouro: a Razão!
Começou a perceber o que o diferenciava dos demais seres,
e daí em diante, há milhares de livros a nos relatar a história:

Grandes pensadores e guerras,
invenções, descobertas, máquinas!
Novas ciências – a sapiência pensando a sapiência!
Limites e lugares alcançados,
vôos alçados...
A vontade de saber e conquistar mais e mais!

E o tempo foi passando...
E a sapiência foi escravizando a própria sapiência,
na busca pelo eterno poder,
na busca eterna pelo momento ímpar
em que nos reconhecemos como humanos
(O que somos? De onde viemos? Para onde vamos?)

E assim, a ordem foi cumprida:
dominou-se as águas, as infindáveis terras,
as florestas, os peixes, os animais,
as sementes, as árvores, as plantas,
as bactérias, os fungos e vírus,
e a enorme força nuclear dos átomos.

O homem dominou a si mesmo
criando regras para “viver em sociedade”.
E esta sociedade foi consumindo todos os recursos naturais,
que chegaram muito antes do homo sapiens neste Planeta:

Produzindo, produzindo, produzindo!
Consumindo, consumindo, consumindo!
E assim, o Planeta-Terra-Casa foi sendo destruído...
Talvez esta espécie não seja tão inteligente ou especial assim...

E já dizia um velho livro
que no final, o Planeta será escuro e sombrio,
e perambulará pelo universo informe e vazio...



Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

..................................................................................

(...)

Sob o sol da princesa do sudeste do Brasil
desabrocham os ipês de agosto.

Colorindo o ir e vir
como um palhaço a pintar o rosto,
ou um ardente abraço juvenil.

domingo, 1 de agosto de 2010

"Embriaguem-se"

(...)

"É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher."

-Charles Baudelaire-

domingo, 25 de julho de 2010

Sobre a simplicidade e a reciprocidade

(...)
É tão bom o carinho mútuo,
os olhares trocados com sincronicidade,
o sorriso aberto com aquele cantinho no lábio que só os dois entendem,
as mãos se encontrando em sintonia,
as palavras ditas, compreendidas e guardadas,
o encontro daqueles braços onde você sabe que irá descansar.

Porque a vida é mais forte e bela quando é composta e repleta de gestos simples...
E quando a simplicidade é recíproca, aí a vida é completa!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sobre o inquebrantável

(...)

Os constantes elos da vida
São inquebráveis
Incansáveis
Indomáveis
Infindáveis

Não se pode enfraquecer
Nem de perto, nem de longe

Ah, coração!
Hás um dia de compreender estes infinitos ciclos!

sábado, 10 de julho de 2010

Sobre a intuição

(...)
ver além do que demonstram os fatos
sentir o friozinho na espinha
por prever o que estava por vir
in-tu-ir

entender desmedidamente a percepção clara
o pressentimento
o presságio
de um vir-a-ser constante
(i) relevante?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sobre a respiração, inspiração e transpiração

(...)

Respire bem fundo...

Inspirar-se às vezes faz bem:
com o silêncio da noite
com a patinha do gatinho
com o cobertor quentinho
com o cheirinho de café pela manhã
com o abraço com gosto de maçã

Inspire bem fundo...

Respirar poesia às vezes faz bem:
na mão da criança que escreve pela primeira vez a letra a
nos versos de Drummond, Pessoa, Quintana, Cecília e Clarice
no fim de tarde que se faz triste
na leitura de um texto antigo
no sorrir de um velho amigo

Transpire o que há de mais profundo!

sábado, 3 de julho de 2010

Sobre a arte

(...)

a arte tem lá suas artimanhas:
arte-manhas

tem todos os encantos e mistérios:
arte-manhãs

tem cor, paixão e coração:
tudo artesanalmente

tem o olhar inconseqüente
um sorriso eloqüente
um bem-estar quente:
os artifícios da vida

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sobre o humanoser

(...)
fala-se muito
escuta-se pouco

desdenha-se muito
faz-se pouco

mundo louco

sob chapéus e maquiagens
sobre arranha-céus e chantagens
sou muito mais que unha e carne
dentes, pele, retina e charme

às vezes sou pó na enorme quantidade de mundo
às vezes o mundo cabe na pontinha do meu dedo mindinho

às vezes sou leve como águia – pena – peixinho
às vezes sou pesada como quem acorda do sono profundo

e assim vamos humanosendo

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre a escrita

(...)
tenho lido suas letras
e tentado entender as entrelinhas-estrelinhas
decorrentes das frases-pensamento
ainda que tenha deixado pra lá o entendimento
desse mudo-mundo adulto

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sobre a vida

(...)
Porque a vida tem que ser colorida
                      
                        sortida
       desmedida
                                 desimpedida
              
             Uma flor desinibida

segunda-feira, 28 de junho de 2010

(...)

[...]
"Já lhe disse que você tem um “que” de meu reflexo... Mas não um reflexo de espelho, onde a imagem é projetada de forma crua, simplista e totalmente física; trata-se de um reflexo tão mais puro e misterioso: é como se eu olhasse para as águas límpidas de um lago... A imagem refletida nas águas é tão mais real que a imagem que se vê no espelho, embora seja menos nítida. Olha-se para elas e a impressão que se tem, é que seu reflexo está muito além da imagem que se vê; está nas profundezas das águas... Olho para o seu rosto e vejo muito além da sua face; sinto o reflexo de meus pensamentos e sentimentos nas profundezas do seu ‘ser’, embora isso seja tão pouco nítido à minha compreensão... E tudo isso não poderia ser mais bonito: meu reflexo nas águas do teu olhar...

É estranho! Encostada em teu peito, ouvindo teu coração, a noite fria que vejo através dos vidros, torna-se noite de verão... Há tanto tempo te vejo e jamais havia imaginado que eu pudesse encontrar abrigo e descanso em ti... E isso me encanta... E isso me lembra Tolkien: “É sempre assim com as coisas que os homens começam; há uma geada na primavera, ou uma praga no verão e suas promessas fracassam. Mas raramente fracassa sua semente. Esta fica na poeira e na ruína, para germinar de novo em tempos e lugares inesperados...”. Eis que estou diante de ti: duas sementes em tempos e lugares inesperados; e haverá geadas, guerras e ruínas... Mas também haverá eu e você, e aquilo que sempre vamos ser... E nossos feitos sobreviverão a nós!"
[...]

Mari - Junho/2006

domingo, 27 de junho de 2010

(...)



Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão

Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão

Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar

Não vou mais verter
Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais vender
Melôs manjadas de Karaokê

E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante

Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar

segunda-feira, 14 de junho de 2010

(...)


a12auggrusyd*qf
a@#1
n1q1*
n.detal/fulanomr
p.pii t* acc
t.tau/22may
r.mari+er
er
ir

E assim o dia segue...

SAO, SYD, OOL, BNE, AKL, CHC, NYC, SAN, SFO, LAX, MIA, YYZ, YVR, CPT, MAD, BCN, LON, PAR, DUB, DXB, FCO, MXP, BER, LIS, e tantos outros infinitos lugares...

Às vezes essa quantidade de “mundo” me enjoa... Às vezes me encanta!
Por hora, darei um tempo em tudo isso!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

(...)

(...)

esta nossa forma de ser
tonalidade azul-céu
laranja-amanhecer

dois sóis
duas metades
e infindas formas
de realidade

essa nossa imperfeição
- perfeita -
...estampada...
em nossas vidas
e faces-azuis
fases-laranja!

(...)

Mari - 13/11/2006

terça-feira, 18 de maio de 2010

(...)

É estranho como um dia que se inicia de forma turbulenta, pode terminar de forma pacífica e prazerosa!

Hoje eu não queria levantar da cama: a madrugada foi terrível, repleta de imagens e sonhos remetendo à erros, traições e cotidiano estafante; acordei umas 10 vezes! Depois, o peso de ter que enfrentar o dia penoso que eu sabia que teria pela frente... E assim o dia passou... Arrastado, coração apertado, sem sabor, sem som nem sombra que te encante e chame atenção!

Mas à noite, na faculdade, o convívio e aprendizagem acendem um brilho tímido no caos cotidiano, obrigando-me a colocar no papel alguns objetivos que tenho para minha vida; e daí eu paro para pensar o quanto tenho deixado meus sonhos de lado, diante da pressa e rotina do “mundo adulto”.

Redescubro em mim então, as coisas mais simples e mais complexas que eu gostaria de ser/ter/fazer: poder almoçar com calma e sossego (de preferência a comida da minha mãe); ter tempo para reler todos os meus livros de Tolkien; voltar a fazer aula de Yoga; voltar a dar aulas de inglês; intensificar meus treinos de Pilates e começar a fazer caminhadas e andar de bike; emagrecer 5Kg; fazer aulas de dança, artesanato e fotografia; viajar (Europa, Peru, Egito, Índia, México, Turquia, e por aí vai!); silenciar a mente para conseguir escrever poesias novamente; ler todos os livros que eu gostaria de ler; sair mais com meus irmãos, com minha família; mudar tudo no meu quarto; chorar infinitas vezes de coração tranqüilo, ouvindo “Second Love”; ter a minha casa do meu jeito; andar sem rumo de mãos dadas num domingo à tarde; aprender o nome de todas as flores que tem no meu quintal; cozinhar um cardápio diferente, que demore a manhã toda; separar inúmeras fotos digitalizadas para serem reveladas; e tantas outras infinitas coisas...

Como o tempo me escorre pelas mãos... Como vamos enterrando os sonhos dentro de nós... Há quanto tempo eu não parava para pensar em todas estas pequenas luzes dentro de mim... E embora isso soe de forma estranha: vou dormir em paz!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pain Of Salvation - I

(...)


Morning On Earth
Uma manhã na Terra

For as long as I can remember I have wanted to
Faz muito tempo que eu me lembro que eu queria
Silence every beating heart; every sound of breathing
Silenciar cada coração pulsante; cada som de respiração
Now there is something inside of me that aches as I hear you
Agora há algo dentro de mim que dói quando ouço você
Breathing here when you sleep between these morning sheets
Respirando aqui enquanto dorme entre esses lençóis pela manhã

I am the tears in your mouth
Eu sou as lágrimas na sua boca
I am the weight on your shoulders
Eu sou o peso em seus ombros
I am the scream that wants out
Eu sou o grito que quer sair
And my heart just couldn't grow colder
E meu coração não poderia ficar ainda mais frio
Now this rusty heart is my gift
Agora este coração enferrujado é meu presente
This fallen love is my gift
Este amor decadente é meu presente

Morning arrives on an Earth I've never seen before
A manhã chega em uma Terra que eu nunca vi antes
Revealing a life that I never really understood
Revelando uma vida que eu nunca realmente entendi
Strange, the way beauty can hurt the unopened eye
É estranho como a beleza pode ferir um olho não aberto
Much more than all of the filth and pain
Muito mais do que toda sujeira e dor
That we're soaked in ever could
Na qual estamos mergulhados

I am the tears in your mouth
Eu sou as lágrimas na sua boca
(How it´s hurting me)
(E como isso me machuca)
I am the weight on your shoulders
Eu sou o peso em seus ombros
(To suddenly see)
(Ver tão subitamente)
I am the scream that wants out
Eu sou o grito que quer sair
(What I have become)
(O que eu me tornei)
And my heart just couldn't grow colder
E meu coração não poderia ficar ainda mais frio
(You must always be there)
(Você deve sempre estar lá)
Now this rusty heart is my gift
Agora este coração enferrujado é meu presente
(We are still on the sidewalks)
(Ainda estamos nas calçadas)
This fallen love is my gift
Este amor decadente é meu presente

Hear this voice, see this man standing before you
Ouça esta voz, veja este homem parado perante você
I'm just a child trapped inside the body of a man
Eu sou apenas uma criança presa num corpo de homem

"A relation, so oddly old - bred not to love
"Uma relação, tão estranhamente velha - gerada para não amar
Suffers the beaten grounds of Idioglossia
Sofre o chão abatido da Idioglossia
We talk but we do not speak
Nós falamos, mas não dizemos
Together only in our incapability to leave this fallen playground
Juntos apenas em nossa incapacidade de deixar esse playground decadente
We rule this Empire merely with these few crippled toys
Nós governamos este Império apenas com alguns poucos brinquedos aleijados
Rust in our faces
Ferrugem em nossas faces
This is what we can share - this is all we can lose
Isto é o que podemos dividir - isto é tudo que podemos perder
Still
Porém,
Furiously we will linger to it with our lives
Nos agarraremos a isso com toda nossa força
Cling to its rust and pains
Nos agarraremos à sua ferrugem e dores
Barefoot and torn
Descalços e despedaçados
Bred not but born to love
Não gerados, mas nascidos para amar"

Hear this voice, see this man standing before you
Ouça esta voz, veja este homem parado perante você
I'm just a child trapped inside this fallen man
Sou apenas uma criança presa dentro de um homem decaído
See this child
Veja esta criança
(I am the tears in your mouth)
(Eu sou as lágrimas em sua boca)

(...)


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar era fácil."

"Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si."

-Clarice Lispector-

sexta-feira, 14 de maio de 2010

(...)


Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar

quinta-feira, 29 de abril de 2010

....


I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.


II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...


III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.


IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010




Não posso e não quero mais voltar ao tempo de inseguranças, incertezas, angústias e desconfianças! Porque temos sempre que evoluir, e não regredir. No entanto, o coração sempre fala mais alto...

Mari - 28/04/2010

domingo, 18 de abril de 2010




"... cada ser humano é um mundo à parte,
nunca atingido inteiramente pelas palavras,
por mais que você tente encontrar as mais certas..."

Mari - 17/02/2009

sexta-feira, 26 de março de 2010


......

"Se existe um Deus, ele não só é um ás em deixar vestígios, mas, sobretudo, um mestre em se esconder. E o mundo não é dos que falam além da conta. O firmamento continua calado. Não há muito mexerico entre as estrelas. Mas ninguém ainda se esqueceu da grande explosão. Desde então, o silêncio reinou ininterruptamente, e tudo o que existe se afasta de tudo. Ainda é possível topar com a Lua. Ou com um cometa. Não espere que o recebam com amáveis clamores. No céu não se imprimem cartões de visita.


-JOSTEIN GAARDER-


sábado, 20 de março de 2010

Uma tarde de outono

a
"Uma tarde, uma ilusão,
olhos frios numa direção
Sei o que corta bem dentro de mim,
vento forte leva o coração"

sexta-feira, 5 de março de 2010

Confesso...

...
...

Confesso

Confesso, acordei achando tudo indiferente
Verdade, acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas
Mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego,
Eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta
É como olhar pra trás
Não vou mentir
Nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo,
Eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade
Mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo
Ou não volte mais

-Ana Carolina-

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Consumo responsável!

...

  • Dê preferência a produtos de madeira com o selo FSC. Esta é a garantia de que a madeira foi retirada corretamente. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases causadores do efeito estufa. Ao comprarmos produtos sustentáveis, diminuem os incentivos para desmatar a floresta.
  • Consuma alimentos da estação e dê preferência aos orgânicos, que não utilizam agrotóxicos. Assim você cuida da sua saúde e do meio ambiente.
  • Evite pegar sacolas plásticas desnecessariamente. Carregue uma sacola ou uma mochila com você quando for fazer compras. Assim estará gerando menos lixo.
  • Dê preferência a produtos com pouca embalagem ou embalagem econômica que geram menos lixo.
  • Procure comprar produtos fabricados perto de onde são vendidos. Desta maneira, os produtos não precisam ser transportados por longas distâncias e, conseqüentemente, não há emissões desnecessárias de gases causadores do aquecimento global.
  • Use pilhas recarregáveis, Assim, você evita poluir o meio ambiente e gasta menos. Descarte as pilhas em locais apropriados de coleta e não no lixo comum.
  • Leve as baterias usadas de celulares para as revendedoras. Elas não devem ser jogadas no lixo comum, pois contêm metais pesados altamente tóxicos para a saúde humana e o meio ambiente.
  • Evite substituir seu aparelho celular desnecessariamente Além de gastar dinheiro, você estará contribuindo para uma maior poluição do planeta.
  • Evite comprar o que você não precisa para não gerar mais lixo. Para facilitar, faça uma lista prévia. Além de economia, terá menos lixo.
  • Procure melhorar seu computador ao invés de comprar um novo. Anualmente, mais de 20 milhões de toneladas de lixo eletrônico são descartados. A maioria ainda não é reciclada.
  • Prefira comprar em lojas que adotem práticas sócio-ambientais corretas.
  • Use tintas a base de água para pintar sua casa. Elas são menos tóxicas e menos poluentes.
  • Dê preferência a guardanapos e toalhas de pano ao invés de descartáveis.
  • Use os dois lados da folha de papel.
  • Imprima e-mails e documentos somente quando necessário.
  • Não pegue panfletos entregues na rua a não ser que esteja interessado nas informações. Se pegar, não jogue na rua depois de tê-lo lido.
  • Utilize calculadoras e lanternas que possam funcionar com energia solar ou dínamo. Desta maneira não é necessário usar pilhas.
  • Seja solidário: doe roupas, sapatos e aparelhos que não usa mais. Eles podem ser úteis para outras pessoas.
  • Conserte os eletroeletrônicos sempre que possível para evitar comprar novos e gerar mais lixo.
  • Procure comprar produtos que permitam a reutilização das embalagens com refil.
  • Dê preferência a produtos fabricados com materiais reciclados. Desta maneira, você estará reduzindo o uso da matéria-prima, gastando menos energia e ajudando o planeta.
  • Guarde o lixo com você até encontrar um local adequado caso estiver na rua.
  • Separe o lixo e mande-o para a reciclagem. Separando o lixo, você estará gerando emprego para catadores e dando oportunidade a reciclagem de materiais.
  • Utilize talheres, copos e pratos de louça. Os descartáveis geram lixo e demoram a se decompor.
  • Tenha em casa uma pequena composteira com restos orgânicos como cascas de frutas, legumes e folhas. Ela produz adubo natural para o seu jardim e de seus vizinhos.
  • Prefira o transporte público. Além de ser menos poluente, você evitará parte do estresse do dia-a-dia.
  • Pegue carona com seus amigos e dê carona quando possível, assim você joga menos gases poluentes na atmosfera.
  • Opte pela bicicleta ou caminhe sempre que possível. Você evita o desperdício de energia e ainda queima calorias!
Para mais dicas, acesse: http://www.wwf.org.br/

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Infinito...

...

Infinito Particular

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

-Marisa Monte-

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rover


“Mas o tempo todo Roverandom estava alerta à chegada do carteiro Mew e de Notícias do Mundo (na maior parte assassinatos e partidas de futebol, como até mesmo um cãozinho sabe, mas às vezes pode vir algo melhor de um canto ou outro).”

- J. R. R. Tolkien -



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

 

Show Don't Tell

How many times do you hear it?
It goes on all day long
Everyone knows everything
And no one's ever wrong
Until later

Who can you believe?
It's hard to play it safe
But apart from a few good friends
We don't take anything on faith
Until later

Show Don't Tell

SHOW ME DON'T TELL ME
You've figured out the score
SHOW ME DON'T TELL ME
I've heard it all before
SHOW ME DON'T TELL ME
I don't care what you say
SHOW ME DON'T TELL ME

You can twist perceptions
Reality won't budge
You can raise objections
I will be the judge
And the jury

I'll give it due reflection
Watching from the fence
Give the jury direction
Based on the evidence
I, the jury

SHOW ME DON'T TELL ME
Hey - order in the court
SHOW ME DON'T TELL ME
Let's try to keep it short
SHOW ME DON'T TELL ME
Enough of your demands
SHOW ME DON'T TELL ME
Witness take the stand
SHOW ME DON'T TELL ME

SHOW ME DON'T TELL ME
Hey - order in the court
SHOW ME DON'T TELL ME
Let's try to keep it short
SHOW ME DON'T TELL ME
I don't care what you say
SHOW ME DON'T TELL ME
Let's see exhibit A

-Rush-

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."

-Mário Quintana-

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

...
SONETO ANTIGO
Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.

Cecília Meireles

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

...
"Se lhes dou esses detalhes sobre o asteróide B 612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"

Assim, se a gente lhes disser: "A prova de que o principezinho existia é que ele era encantador, que ele ria, e que ele queria um carneiro. Quando alguém quer um carneiro, é porque existe" elas darão de ombros e nos chamarão de criança! Mas se dissermos: "O planeta de onde ele vinha é o asteróide B 612" ficarão inteiramente convencidas, e não amolarão com perguntas. Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso. As crianças devem ser muito indulgentes com as pessoas grandes.

Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer: "Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo..." Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro.

Porque eu não gosto que leiam meu livro levianamente. Dá-me tristeza narrar essas lembranças! Faz já seis anos que meu amigo se foi com seu carneiro. Se tento descrevê-lo aqui, é justamente porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo o mundo tem amigo. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por causa disso que comprei uma caixa de tintas e alguns lápis também. É duro pôr-se a desenhar na minha idade, quando nunca se fez outra tentativa além das jibóias fechadas e abertas dos longínquos seis anos! Experimentarei, é claro, fazer os retratos mais parecidos que puder. Mas não tenho muita esperança de conseguir. Um desenho parece passável; outro, já é inteiramente diverso. Engano-me também no tamanho. Ora o principezinho está muito grande, ora pequeno demais. Hesito também quanto à cor do seu traje. Vou arriscando então, aqui e ali. Enganar-me-ei provavelmente em detalhes dos mais importantes. Mas é preciso desculpar. Meu amigo nunca dava explicações. Julgava-me talvez semelhante a ele. Mas, infelizmente, não sei ver carneiro através de caixa. Sou um pouco como as pessoas grandes. Acho que envelheci."


O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry