terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal pra todos! =D






Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensangens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

-Carlos Drummond de Andrade-

domingo, 21 de dezembro de 2008

Poesia*


Doce de Leite
Não há muitos motivos para ser
um perseguidor de entendimentos.
Tudo é tão substancial,
ao mesmo tempo tão banal.

E a vida sempre caminha
pelas vias opostas,
através apenas
de mãos dispostas.
E tudo é mais que perseguir respostas.

Um sopro ao vento e você deixa
seu coração amar,
sem questionar.
Ou você não deixa,
e mesmo assim ele insiste.
Mas não se irrite.
Está tudo bem.

Um dia nós iremos brincar,
parar pra descansar num campo de encanto e espanto,
e a falta do “delicado essencial”
será só espuma e nuvem,
com gosto de doce de leite.

Vem cantar de coração aberto,
porque só assim eu te espero.


*Mari – 13/Dez/07

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Filmes Clássicos - Parte V


Depois de um certo tempinho parado, voltei hoje com os posts de filmes clássicos! =D

E o filme de hoje é “Em busca do Vale Encantado” (The land before time), animação produzida em 1988 pela Universal. O primeiro filme foi um grande sucesso, o que acarretou na produção de mais 12 continuações e séries de TV.
O enredo se passa no período cretáceo, onde o clima na Terra começa a se tornar muito árido, impedindo as plantas de nascerem. Os dinossauros então começam a passar fome, e se juntam em manadas par ir “em busca do Vale Encantado”, um local lendário e longínquo, onde ainda existe água e comida em abundância.

Durante a trajetória um grande terremoto assola a Terra, separando os continentes, famílias e manadas de dinossauros.

Littlefoot (o pequeno brontossauro e personagem principal do desenho) se perde de seus avós e, mais tarde, acaba perdendo a mãe também, que morre lutando contra um tiranossauro para proteger o filho.

Sentindo-se totalmente sozinho e com fome, Littlefoot decide-se a continuar a jornada para o Vale Encantado, lembrando-se da descrição do caminho que seus avós e sua mãe costumavam dizer. Durante o trajeto, Littlefoot une-se a Saura (a ranzinza triceratops), Patassaura (parassaurolophos), Petrúcio (pteranodonte) e Espora (estegossauro), todos bebês dinossauros que ficaram órfãos durante o terremoto. Juntos eles seguem enfrentando perigos e desafios para chegar ao Vale Encantado.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

..................................................................................................


Fátima

Vocês esperam uma intervenção divina
Mas não sabem que o tempo agora está contra vocês
Vocês se perdem no meio de tanto medo
De não conseguir dinheiro pra comprar sem se vender
E vocês armam seus esquemas ilusórios
Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez
Mas acontece que tudo tem começo
Se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês


E as ameaças de ataque nuclear
Bombas de neutrons não foi Deus quem fez
Alguém, alguém um dia vai se vingar
Vocês são vermes, pensam que são reis
Não quero ser como vocês
Eu não preciso mais
Eu já sei o que eu tenho que saber
E agora tanto faz


Três crianças sem dinheiro e sem moral
Não ouviram a voz suave que era uma lágrima
E se esqueceram de avisar pra todo mundo
Ela talvez tivesse um nome e era: Fátima
E de repente o vinho virou água
E a ferida não cicatrizou
E o limpo se sujou
E no terceiro dia ninguém ressuscitou

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Tocando em frente..."


TOCANDO EM FRENTE


Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama, um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz...


-Almir Sater-

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


"...Enquanto as pessoas são novas e as partituras musicais das suas vidas ainda só vão nos primeiros compassos, podem compô-las em conjunto e até trocarem temas (como Tomas e Sabina trocaram o tema do chapeu de coco). Porém, quando se conhecem numa idade mais madura, as suas partituras musicais já estão mais ou menos acabadas e cada palavra, cada objecto, tem um significado diferente na partitura de cada uma..."
(A Insustentável Leveza do Ser)


-Milan Kundera-

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Poesia


INCENSO FOSSE MÚSICA


isso de querer ser
exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além


-Paulo Leminski-

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


"A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é ou melhor, apesar daquilo que você é. "

-Victor Hugo-

sábado, 8 de novembro de 2008

Quase lá...


"A verdadeira arte de viajar"
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

-Mário Quintana-

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aventuras de Alice no País das Maravilhas


***A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.

“Quem é você?”, perguntou a Lagarta.

Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.

“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”

“Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”

“Eu não vejo”, retomou a Lagarta.

“Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”

“Não é”, discordou a Lagarta.

“Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”

“Nem um pouco”, disse a Lagarta.

“Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”

“Você!”, disse a Lagarta desdenhosamente. “Quem é você?”

O que as trouxe novamente para o início da conversação. Alice sentia-se um pouco irritada com a Lagarta fazendo tão pequenas observações e, empertigando-se, disse bem gravemente: “Eu acho que você deveria me dizer quem você é primeiro.”

“Por quê?”, perguntou a Lagarta.

Aqui estava outra questão enigmática, e, como Alice não conseguia pensar nenhuma boa razão, e a Lagarta parecia estar muito chateada, a menina despediu-se.

“Volte”, a Lagarta chamou por ela. “Eu tenho algo importante para dizer!”

Isso soava promissor, certamente. Alice virou-se e voltou.

“Mantenha a calma”, disse a Lagarta.

“Isso é tudo?”, retrucou Alice,engolindo sua raiva o quanto pôde.

“Não”, respondeu a Lagarta.

Alice pensou que poderia muito bem esperar, já que não tinha nada para fazer, e talvez no fim das contas ela poderia dizer algo que valesse a pena. Por alguns minutos a Lagarta soltou baforadas do seu cachimbo sem falar; afinal, ela descruzou os braços, tirou o narguilé da boca novamente e disse: “Então você acha que mudou, não é?”

“Temo que sim, Senhora”, respondeu Alice. (...)***


O link do famoso livro de Lewis Carroll, para quem quiser lê-lo inteiro, é: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte III


O filme de hoje é mais uma obra perfeita do Steven Spielberg: Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros.

Lançado em 1993 e baseado no livro homônimo de Michael Crichton, conta a história de um parque criado por John Hammond, presidente de uma empresa de biotecnologia chamada InGen, que consegue clonar dinossauros através de DNA extraído de mosquitos fossilizados em âmbar. Visando lucrar muito, John constrói em uma ilha costa-riquenha um zoológico e parque de diversões com dinossauros, o Jurassic Park. Entretanto, para supervisionar a segurança do parque, os executivos exigem uma inspeção por dois especialistas. Então, Hammond convoca o paleontólogo Alan Grant e o matemático Iam Malcolm. Junto com eles, Ellie Sattler, amiga de Grant, os netos de Hammond, Alex e Tim, e o advogado Donald Gennaro. Durante a visita, o controlador Dennis Nedry, subornado pela rival da InGen, desliga todo o parque a fim de roubar os embriões de dinossauros para vendê-los. Com os animais à solta, todos tentam escapar com vida do parque, numa emocionante produção cheia de efeitos especiais e, claro, muitos dinossauros (Bichinhos que eu amo! =D).

Além de vários outros prêmios, o filme ganhou 03 Oscars em 1994: nas categorias de melhores efeitos especiais, melhores efeitos sonoros e melhor som. Abaixo o trailer do filme:


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte II



Continuando a série de posts, hoje o filme escolhido foi “A Bela e a Fera”, da Disney.

Adaptado do conto de fadas francês e lançado em 1991, é o 30º filme de animação produzido pela Walt Disney Pictures e considerado um clássico.

A história se passa em uma pequena aldeia francesa, no final do século XVIII, onde vive Bela, uma jovem que foge da rotina de sua vida e que se sente diferente das demais pessoas com quem convive, procurando refúfgio nos livros.

Um dia, seu pai (que é um inventor), chega no castelo da “Fera”, que na verdade é um príncipe sob forte encantamento. O pai de Bela é feito prisioneiro, e para salvá-lo, Bela se oferece para assumir o lugar do pai como prisioneira do castelo, e a Fera aceita.

Com o passar do tempo, a prisioneira, com a ajuda dos empregados encantados do castelo, passa a ver que por trás da aparência assustadora da Fera se esconde o coração e a alma de um príncipe humano.

O desenho ganhou em 1992, dois Oscars, três Globos de Ouro, e venceu o Grammy Awards nas categorias de Melhor Composição Instrumental e Melhor Canção Original, com a música “Beauty And The Beast”, de Celine Dion.

Considero “A Bela e a Fera” o mais clássico dos contos de fadas, e também o mais bonito! =D

Abaixo a parte mais bonita do desenho da Disney, na minha opinião:



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte I

Começarei hoje uma série de posts sobre filmes que marcaram minha infância, e que foram sucessos mundiais.

O primeiro de todos, sem dúvida, é o filme “E.T. – O Extraterrestre”, de Steven Spielberg.

Lançado em 1982, conta a história de um extraterrestre que ficou perdido em nosso planeta. O “ET” faz amizade com um garoto de dez anos (Elliot), que o ajuda a regressar ao seu planeta de origem, e que o protege de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia pelo serviço secreto americano.

O filme foi um dos maiores sucessos de bilheteria de toda a história do cinema, sendo o primeiro a ultrapassar a marca 700 milhões de dólares. Ganhou em 1983: Quatro Oscars, dois Globos de Ouro, e foi vencedor na categoria de “Melhor Trilha Sonora Composta Para um Filme” no Grammy, além de muitos outros prêmios.

Quem não se lembra da frase: “ET – TELEFONE – CASA!”?


















sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Wanderlust


Existem termos e palavras que são únicos e característicos de um determinado idioma, e que não possuem uma tradução compatível de sua essência em outros idiomas, e que por isso, acabam sendo utilizados em sua escrita e pronúncia originais no mundo todo.

Na grande maioria das vezes, estes termos traduzem um estado de espírito, um sentimento comum, que os tornam compreensíveis a qualquer ser humano.

Eu, particularmente, adoro estes termos!

Um dos meus preferidos é o “Wanderlust”, cuja tradução em português mais próxima para seria “Desejo de viajar”.

“Wanderlust” é um termo que descreve um forte desejo de caminhar, de ir, apenas ir, a qualquer lugar, em uma caminhada que possa levar ao desconhecido, a algo novo, um forte desejo de explorar o mundo.

A expressão é derivada do alemão: “wandern” (a vagar), e “lust” (desejo).

O “Wanderlust” também é caracterizado por um saudosismo, ou sensação de saudade de algum lugar no qual nunca se esteve antes. Também é compreendido como as “viagens humanas” realizadas por nossa mente. Resumindo, o “Wanderlust” sempre dá a idéia de busca, seja de algo físico, mental ou espiritual; ele é a viagem que cada um deseja fazer de algum modo.

Todos nós, em algum momento da vida, já sentimos o “Wanderlust”, de alguma forma!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Diversos!

Bem, hoje decidi fazer um post abordando 3 coisas:

*1ª – Nada de ETs! Eles deram um cano na gente! Um bando de furões eles são! Huahauahuahuahauhau! Ou talvez tenha acontecido algum acidente no caminho, ou algum deles esqueceu o filho trancado no banheiro em casa e precisaram voltar para resgatá-lo, ou realmente estamos sós no universo, ou...................................?????!!!!!!

*2ª – Hoje é Dia dos Professores! Parabéns pra gente! \o/

*3ª – Ontem eu estava vendo o “Almanaque dos Anos 80” (presente de Dia das Crianças que dei para o meu namorado! rsrs), e dentre muitas coisas relembradas, eu vi os “Ursinhos Carinhosos”!!! =D
Quem da geração de 80 nunca assistiu a um desenho deles? Ou teve um ursinho de pelúcia deles? Ou teve um aniversário com decoração deles? Recebeu ou deu um cartão com desenho deles? Aiiiii, que saudade! Até hoje eu tenho o meu Ursinho Carinhoso dos Bons Sonhos! Abaixo, algumas informações:

Os Ursinhos Carinhosos (no original inglês, Care Bears) são um conjunto de personagens criado pela American Greetings em 1981 para cartões de boas-festas e de aniversário (greeting cards). O desenho original para os cartões foi pintado pela artista Elena Kucharik. Em 1983, Kenner pegou as personagens e criou o primeiro de uma série de ursos de pelúcia, baseados nos Ursinhos Carinhosos. Cada Ursinho Carinhoso tem uma cor diferente e uma insígnia individual na barriga.
Os Ursinhos Carinhosos apareceram na sua própria série de televisão, “Os Ursinhos Carinhosos” (The Care Bears), de 1985 a 1988, e também em três filmes de longa-metragem baseados na série: "The Care Bears Movie" (1985), "The Care Bears Movie II: A New Generation" (1986) e "The Care Bears Adventure in Wonderland" (1987).
Dentre os vários personagens que habitam a Nuvem Rosa, estão: Valente, Ternura, Sonho, Coração, Amado, Amor-Sem-Fim, Brilhante, Caridosa, Amor, Sorte, Campeão, Vovó Urso, Animadinha, Sincera, Cavalinho Nobre e Doçura. http://pt.wikipedia.org/wiki/Care_Bears

Abaixo o vídeo da abertura do desenho dos Ursinhos Carinhosos, que aqui no Brasil foi transmitido pelo SBT:

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

John Ronald Reuel Tolkien




John Ronald Reuel Tolkien, nasceu em 3 de Janeiro de 1892, na África do Sul; foi um escritor, professor universitário e filólogo britânico.

Aos três anos de idade, com sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal de seus pais. Desde pequeno fascinado pela lingüística, cursou a faculdade de Letras em Exeter. Lutou na Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário" complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das mundialmente famosas obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, que, postumamente publicada, é considerada sua principal obra, embora não a mais famosa.

Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e Literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo precedido de outros escritores de fantasia, tais como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison, devido à grande popularidade de seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica", e sua obra influenciou toda uma geração.


Abaixo, algumas citações de Tolkien:

"Muitos que vivem merecem morrer. Alguns que morrem merecem viver. Você pode lhes dar a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte, pois mesmo os mais sábios não podem ver os dois lados."

"Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou."

"Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado."

"O conselho é uma dádiva perigosa, mesmo dos sábios para os sábios, e tudo pode dar errado."

"Aquele que quebra uma coisa para descobrir o que ela é, deixou o caminho da sabedoria."

"Mesmo as aranhas mais caprichosas podem deixar um fio frouxo."

"Muitas vezes a verdade se esconde nas mentiras."

"Não jure que caminhará no escuro aquele que não viu o cair da noite."

"Não despreze a tradição que vem de anos longínquos; talvez as velhas avós guardem na memória relatos sobre coisas que alguma vez foram úteis para o conhecimento dos sábios."

"Para olhos tortos a verdade pode ter um rosto desvirtuado."

"Alguém que, numa necessidade, não consegue jogar fora um tesouro, está acorrentado."

"Com freqüência o mal com o mal se apaga."

"A mão queimada ensina melhor. Depois disso, o conselho sobre o fogo chega ao coração."

"A guerra deve acontecer, enquanto estivermos defendendo nossas vidas contra um destruidor que poderia devorar tudo; mas não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem."

"O elogio que vem daquele que merece o elogio está acima de todas as recompensas."

"Ações generosas não devem ser reprimidas por conselhos frios."

"Um traidor pode trair-se a si mesmo e fazer o bem que não pretende."

"A esperança muitas vezes engana, [...] o auxílio que chega sem ser esperado é duplamente abençoado."

"É sempre assim com as coisas que os homens começam; há uma geada na primavera, ou uma praga no verão, e suas promessas fracassam. O feito dos homens sobreviverão a nós."

"Não é nossa função controlar todas as marés do mundo, mas sim fazer o que pudermos para socorrer os tempos em que estamos inseridos, erradicando o mal dos campos que conhecemos, para que aqueles que viverem depois tenham terra limpa para cultivar. Que tempo encontrarão não é nossa função determinar."

"Muitas vezes precisa ser assim [...] quando as coisas correm perigo: alguém tem de desistir delas, perdê-las, para que outros possam tê-las."

"O valor encontra-se em lugares improváveis ."

"Se houvesse mais pessoas a valorizar a comida, a alegria e a música, mais do que o vil ouro, viveríamos num mundo mais feliz."

"Não é sensato deixar um dragão fora dos teus cálculos, se vives perto dele."

"Este é um mundo caído, e não há consonância entre os nossos corpos, as nossas mentes e as nossas almas."

"Os traiçoeiros são sempre desconfiados."

"Aquilo que nós mesmos escolhemos é muito pouco: a vida e as circunstâncias fazem quase tudo."


Quem quiser saber mais sobre Tolkien, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Ronald_Reuel_Tolkien

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

.:*Poesia para uma segunda-feira cinza*:.


hoje não saí pra buscar flores
está chovendo lá fora
e aqui dentro faz muito frio

tento sempre dar o melhor de mim
me doar por inteiro
ser mais por alguém

mas parece que sempre, sempre
faço tudo errado
e destruo tudo que toco

chega a ser insuportável
essa coisa que sufoca
que corrói o peito
sentimentos misturados
díspares – complexos – opostos

e além de tudo, o medo
de me perder
de não mais encontrar
já nem sei mais pra onde olhar

sinto-me um monstro inominado
que vaga sozinho à procura de abrigo
ou talvez seja uma lagarta sofrendo
pra se transformar em borboleta

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Um post para o Kiko!"


Este post é em homenagem aos felinos, especialmente ao meu gato Kiko (também conhecido como Kikinho, Ki, Xuxu ou Xu! Ele atende pelos apelidos também! Rsrs).
No momento estou lendo um livro chamado “Amor em minúscula”, de Francesc Miralles, onde aparece um gatinho que muda completamente a vida do personagem principal. Abaixo está um trecho do livro, extraído do capítulo “Tratado de Filosofia Felina”, que retrata bem o modo de ser dos felinos, em especial os gatos:


I. VIDA ESPIRITUAL

Os gatos são grandes meditadores, além de especialistas na arte da ioga. O felino é capaz de permanecer imóvel durante horas, viajando até seu próprio centro, para em um instante dar um salto ao mundo exterior e comprometer todos os seus sentidos naquilo que está fazendo. Sua vitalidade advém do repouso, porque o animal não consome energia em estados intermediários. Age ou descansa. Quando age, o faz como se jogasse a vida naquilo. Quando descansa, é como se nunca mais fosse levantar. Não perde tempo com hesitações.


II. VIDA EMOCIONAL

Diz-se que os gatos são egoístas, quando, na realidade, são simplesmente espertos. Não vêm a você se pode fazer com que você vá a eles. Sua força reside em sua aparente indiferença. Preferem deixar-se amar a arriscar seus sentimentos deixando-o evidentes. Como bons taoístas que são, fazem sem fazer e governam sem governar. Limitam-se a manter sua dignidade e a se conduzir de acordo com seus caprichos. Não pedem carinho e por isso o obtêm sem pedi-lo. Os cães têm donos; os gatos, criados.


III. VIDA SENSORIAL

Um gato em casa é um aviso permanente de que devemos prestar atenção. Deixamos, frequentemente, escapar oportunidades porque não temos consciência delas. Os felinos aguçam os sentidos, controlam seu entorno e estão atentos às menores mudanças. A vigilância deles é tranqüila, cheia de paciência ativa. Enquanto descansam estão conectados ao que os cerca para agir quando for necessário. Sua calma aparente é, na realidade, concentração. Esta atenção permite que os acontecimentos girem a seu favor.


Enfim, na próxima encarnação, eu quero ser um gato! Hauhauahauhau!

Foto: Meu Kiko!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Poesia pra uma sexta-feira chuvosa...


hoje o dia inverteu-se com a noite
(o entardecer é sempre mais triste!)
e não se sabe ao certo pra onde ir

queria não ser
tão passional no amor
deixar de lado o medo
parar de se esconder
atrás das próprias asas

distinguir realidade de ilusão
o caminho certo a seguir
e perceber que só há o agora
- e nada mais!
(e tão somente isso basta!)

talvez eu não chegue mais em casa
e me perca pelas ruas

hoje nada mais importa
além do precioso segundo
que ficou no verso anterior
no passional amor

na inocência descarada
daqueles que lutaram
sem saber porquê

você só enxerga o palco
mas é por detrás das cortinas
que se encontra a vida real:
de cara lavada, sem figurino
e sem textos decorados.

mas tão poucas vezes
você alcança o lado de lá

as mãos seguram o bebê
o cachorro de rua procura por abrigo
o velho procura os óculos
e a vida segue com detalhes mínimos:
especiais – essenciais
que ninguém para pra assistir comigo...


*Mari – 26/09/2008




segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mapa de anatomia: o olho! - Cecília Meireles


O Olho é uma espécio de globo,
é um pequeno planeta
com pinturas do lado de fora.
Muitas pinturas:
azuis, verdes, amarelas.
É um globo brilhante:
parece cristal,
é como um aquário com plantas
finamente desenhadas: algas, sargaços,
miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios e peixes de ouro.


Mas por dentro há outras pinturas,
que não se vêem:
umas são imagens do mundo,
outras são invetadas.


O Olho é um teatro por dentro.
E às vezes, sejam atores, sejam cenas,
e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.










domingo, 14 de setembro de 2008

.:*PoeSia*:.



BEM NO FUNDO


No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostariade ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.



- Paulo Leminski -


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

...até eu fui obrigada a me entender!







"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."



- Clarice Lispector -