quinta-feira, 20 de maio de 2010

(...)

(...)

esta nossa forma de ser
tonalidade azul-céu
laranja-amanhecer

dois sóis
duas metades
e infindas formas
de realidade

essa nossa imperfeição
- perfeita -
...estampada...
em nossas vidas
e faces-azuis
fases-laranja!

(...)

Mari - 13/11/2006

terça-feira, 18 de maio de 2010

(...)

É estranho como um dia que se inicia de forma turbulenta, pode terminar de forma pacífica e prazerosa!

Hoje eu não queria levantar da cama: a madrugada foi terrível, repleta de imagens e sonhos remetendo à erros, traições e cotidiano estafante; acordei umas 10 vezes! Depois, o peso de ter que enfrentar o dia penoso que eu sabia que teria pela frente... E assim o dia passou... Arrastado, coração apertado, sem sabor, sem som nem sombra que te encante e chame atenção!

Mas à noite, na faculdade, o convívio e aprendizagem acendem um brilho tímido no caos cotidiano, obrigando-me a colocar no papel alguns objetivos que tenho para minha vida; e daí eu paro para pensar o quanto tenho deixado meus sonhos de lado, diante da pressa e rotina do “mundo adulto”.

Redescubro em mim então, as coisas mais simples e mais complexas que eu gostaria de ser/ter/fazer: poder almoçar com calma e sossego (de preferência a comida da minha mãe); ter tempo para reler todos os meus livros de Tolkien; voltar a fazer aula de Yoga; voltar a dar aulas de inglês; intensificar meus treinos de Pilates e começar a fazer caminhadas e andar de bike; emagrecer 5Kg; fazer aulas de dança, artesanato e fotografia; viajar (Europa, Peru, Egito, Índia, México, Turquia, e por aí vai!); silenciar a mente para conseguir escrever poesias novamente; ler todos os livros que eu gostaria de ler; sair mais com meus irmãos, com minha família; mudar tudo no meu quarto; chorar infinitas vezes de coração tranqüilo, ouvindo “Second Love”; ter a minha casa do meu jeito; andar sem rumo de mãos dadas num domingo à tarde; aprender o nome de todas as flores que tem no meu quintal; cozinhar um cardápio diferente, que demore a manhã toda; separar inúmeras fotos digitalizadas para serem reveladas; e tantas outras infinitas coisas...

Como o tempo me escorre pelas mãos... Como vamos enterrando os sonhos dentro de nós... Há quanto tempo eu não parava para pensar em todas estas pequenas luzes dentro de mim... E embora isso soe de forma estranha: vou dormir em paz!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pain Of Salvation - I

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Morning On Earth
Uma manhã na Terra

For as long as I can remember I have wanted to
Faz muito tempo que eu me lembro que eu queria
Silence every beating heart; every sound of breathing
Silenciar cada coração pulsante; cada som de respiração
Now there is something inside of me that aches as I hear you
Agora há algo dentro de mim que dói quando ouço você
Breathing here when you sleep between these morning sheets
Respirando aqui enquanto dorme entre esses lençóis pela manhã

I am the tears in your mouth
Eu sou as lágrimas na sua boca
I am the weight on your shoulders
Eu sou o peso em seus ombros
I am the scream that wants out
Eu sou o grito que quer sair
And my heart just couldn't grow colder
E meu coração não poderia ficar ainda mais frio
Now this rusty heart is my gift
Agora este coração enferrujado é meu presente
This fallen love is my gift
Este amor decadente é meu presente

Morning arrives on an Earth I've never seen before
A manhã chega em uma Terra que eu nunca vi antes
Revealing a life that I never really understood
Revelando uma vida que eu nunca realmente entendi
Strange, the way beauty can hurt the unopened eye
É estranho como a beleza pode ferir um olho não aberto
Much more than all of the filth and pain
Muito mais do que toda sujeira e dor
That we're soaked in ever could
Na qual estamos mergulhados

I am the tears in your mouth
Eu sou as lágrimas na sua boca
(How it´s hurting me)
(E como isso me machuca)
I am the weight on your shoulders
Eu sou o peso em seus ombros
(To suddenly see)
(Ver tão subitamente)
I am the scream that wants out
Eu sou o grito que quer sair
(What I have become)
(O que eu me tornei)
And my heart just couldn't grow colder
E meu coração não poderia ficar ainda mais frio
(You must always be there)
(Você deve sempre estar lá)
Now this rusty heart is my gift
Agora este coração enferrujado é meu presente
(We are still on the sidewalks)
(Ainda estamos nas calçadas)
This fallen love is my gift
Este amor decadente é meu presente

Hear this voice, see this man standing before you
Ouça esta voz, veja este homem parado perante você
I'm just a child trapped inside the body of a man
Eu sou apenas uma criança presa num corpo de homem

"A relation, so oddly old - bred not to love
"Uma relação, tão estranhamente velha - gerada para não amar
Suffers the beaten grounds of Idioglossia
Sofre o chão abatido da Idioglossia
We talk but we do not speak
Nós falamos, mas não dizemos
Together only in our incapability to leave this fallen playground
Juntos apenas em nossa incapacidade de deixar esse playground decadente
We rule this Empire merely with these few crippled toys
Nós governamos este Império apenas com alguns poucos brinquedos aleijados
Rust in our faces
Ferrugem em nossas faces
This is what we can share - this is all we can lose
Isto é o que podemos dividir - isto é tudo que podemos perder
Still
Porém,
Furiously we will linger to it with our lives
Nos agarraremos a isso com toda nossa força
Cling to its rust and pains
Nos agarraremos à sua ferrugem e dores
Barefoot and torn
Descalços e despedaçados
Bred not but born to love
Não gerados, mas nascidos para amar"

Hear this voice, see this man standing before you
Ouça esta voz, veja este homem parado perante você
I'm just a child trapped inside this fallen man
Sou apenas uma criança presa dentro de um homem decaído
See this child
Veja esta criança
(I am the tears in your mouth)
(Eu sou as lágrimas em sua boca)

(...)


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar era fácil."

"Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si."

-Clarice Lispector-

sexta-feira, 14 de maio de 2010

(...)


Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar