Sou tão eu de mim!
Não há vida que se pague
e não há amor que não se doe (e doa!).
Pelos caminhos tortos de nossa razão e loucura
vou seguindo e seguindo,
através do desprezo, interesses e amargura,
vou sendo tão eu e vou me desiludindo.
Através de meu passo lento, eu tento e tento,
e já não me resta lamento,
em ser a verdade pura deste cansado coração.
Enquanto isso eles brincam,
você e eu brincamos,
de faz e refaz de conta,
e assim continuamos.
Realidade em releitura
nesta visão que nos tortura
num porto de tempo aberto
onde o horizonte é incerto
...deserto...
-Mari-
(Poema original escrito em Novembro de 2006)