segunda-feira, 27 de junho de 2011

Realidade em Releitura - (Recortes)


Sou tão eu de mim!
Não há vida que se pague
e não há amor que não se doe (e doa!).

Pelos caminhos tortos de nossa razão e loucura
vou seguindo e seguindo,
através do desprezo, interesses e amargura,
vou sendo tão eu e vou me desiludindo.

Através de meu passo lento, eu tento e tento,
e já não me resta lamento,
em ser a verdade pura deste cansado coração.

Enquanto isso eles brincam,
você e eu brincamos,
de faz e refaz de conta,
e assim continuamos.

Realidade em releitura
nesta visão que nos tortura
num porto de tempo aberto
onde o horizonte é incerto
...deserto...

-Mari-
(Poema original escrito em Novembro de 2006)

domingo, 26 de junho de 2011


um brinde à vida louca, vida insana
um canto para a insconstância, à penúria
de uma mente sem limites, intransponível
que não pára, não descansa

um amor para viver e um para guardar
um destino para se (des)conhecer e um para (des)consertar
reconhecer um instante puro
derrubar o concreto muro

um badalar de sinos para a noite
e uma noite para se lembrar
um sorriso para o inocente
um acaso que não se pressente

uma brisa para a primavera
um momento que se deseja, se espera
aquela palavra exata, um simples olhar
aquele estranho beijo doce, infinito

um pedido para uma estrela que cai
um despertar para a nova semente
um acordar para o que realmente se sente
uma nuvem para acariciar a alma

nenhum caminho p´ra se voltar
tão pouco um p´ra se chegar
um caminho só p´ra caminhar
e um coração livre... p´ra te guiar

Mari – Jan/2007