domingo, 26 de junho de 2011


um brinde à vida louca, vida insana
um canto para a insconstância, à penúria
de uma mente sem limites, intransponível
que não pára, não descansa

um amor para viver e um para guardar
um destino para se (des)conhecer e um para (des)consertar
reconhecer um instante puro
derrubar o concreto muro

um badalar de sinos para a noite
e uma noite para se lembrar
um sorriso para o inocente
um acaso que não se pressente

uma brisa para a primavera
um momento que se deseja, se espera
aquela palavra exata, um simples olhar
aquele estranho beijo doce, infinito

um pedido para uma estrela que cai
um despertar para a nova semente
um acordar para o que realmente se sente
uma nuvem para acariciar a alma

nenhum caminho p´ra se voltar
tão pouco um p´ra se chegar
um caminho só p´ra caminhar
e um coração livre... p´ra te guiar

Mari – Jan/2007

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