Virava-se de um lado para o outro, procurando o sono tranqüilo que há tantas noites não encontrava. Sentia o vazio pesado de alguém que está na encruzilhada das escolhas sem fim, que fazemos no decorrer da vida.
Ainda que fosse menos constante, devido à correria dos dias e ao rápido passar do tempo, Alice ainda sonhava com um beijo em Edimburgo, com uma pequena fonte no jardim, com um coração sincero, com alguém que realmente se importasse, e que dissesse “sim” sem ao menos ouvir as perguntas.
Estava cansada de ter que sorrir para aqueles que só tinham interesses dúbios e corações perversos: não queria mais estar com aqueles de quem não gostava, mas que a conveniência exigia. Por muitas vezes achou que o fazia por amor, por doação, e por muitas vezes, foi assim que aconteceu.
Mas chegara o tempo em que Alice aprendera, que quando se doa e se sacrifica demais, esquece-se de si mesma, e a identidade se esvai, e o beijo em Edimburgo fica para amanhã... Ou para depois de amanhã... Até virar poeira nas estantes da memória.
Mas chegara o tempo em que Alice aprendera, que quando se doa e se sacrifica demais, esquece-se de si mesma, e a identidade se esvai, e o beijo em Edimburgo fica para amanhã... Ou para depois de amanhã... Até virar poeira nas estantes da memória.
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