quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sobre os sonhos guardados dentro do travesseiro – Parte I (Fotografias)

“Céu azul é o telhado do mundo inteiro
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”

Não haveria outra forma de iniciar este compilado de textos: com versos de uma música tão intensa, e ao mesmo tempo tão questionadora (para tempos de profundos questionamentos)!

Revirar os sonhos que ficam dentro do travesseiro é uma coisa doída... Você precisa se movimentar, sair da zona de conforto, precisa de alguém que te cutuque e te chacoalhe, você precisa perder o chão (além da identidade que se perde vagarosamente dia a dia, e não se sente).

Tudo começa com um curso de fotografia que você ganha de presente: para que você possa retomar um talento antigo e escondido, guardado na gaveta empoeirada da memória.

Fotografia é paixão antiga! É a sensação inocente de que você pode capturar e guardar um instante para sempre: porque tudo que você terá é apenas uma imagem, condicionada à entrada e passagem de luz por um sensor, através de um clique. Com o passar dos anos, esta imagem causará diferentes sentimentos nas pessoas que porventura possam vê-las: mas o que foi vivido no momento do clique, sempre será um mistério, reservado apenas aos modelos, que nunca mais sentirão a mesma coisa daquele instante.

Além do mais, a fotografia é mágica porque me faz pensar em analogias, como por exemplo: o quanto de luz eu deixo entrar em meu sensor, para que as fotografias do meu dia a dia possam ser as mais belas possíveis?! Ou então, sentir quando seu coração faz “clique”, e guarda um olhar, uma palavra, um sorriso, um momento único que você carrega para a vida toda.

Sim, romantismo com coisas simples muitas vezes é meu forte! 



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