terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aventuras de Alice no País das Maravilhas


***A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.

“Quem é você?”, perguntou a Lagarta.

Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.

“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”

“Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”

“Eu não vejo”, retomou a Lagarta.

“Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”

“Não é”, discordou a Lagarta.

“Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”

“Nem um pouco”, disse a Lagarta.

“Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”

“Você!”, disse a Lagarta desdenhosamente. “Quem é você?”

O que as trouxe novamente para o início da conversação. Alice sentia-se um pouco irritada com a Lagarta fazendo tão pequenas observações e, empertigando-se, disse bem gravemente: “Eu acho que você deveria me dizer quem você é primeiro.”

“Por quê?”, perguntou a Lagarta.

Aqui estava outra questão enigmática, e, como Alice não conseguia pensar nenhuma boa razão, e a Lagarta parecia estar muito chateada, a menina despediu-se.

“Volte”, a Lagarta chamou por ela. “Eu tenho algo importante para dizer!”

Isso soava promissor, certamente. Alice virou-se e voltou.

“Mantenha a calma”, disse a Lagarta.

“Isso é tudo?”, retrucou Alice,engolindo sua raiva o quanto pôde.

“Não”, respondeu a Lagarta.

Alice pensou que poderia muito bem esperar, já que não tinha nada para fazer, e talvez no fim das contas ela poderia dizer algo que valesse a pena. Por alguns minutos a Lagarta soltou baforadas do seu cachimbo sem falar; afinal, ela descruzou os braços, tirou o narguilé da boca novamente e disse: “Então você acha que mudou, não é?”

“Temo que sim, Senhora”, respondeu Alice. (...)***


O link do famoso livro de Lewis Carroll, para quem quiser lê-lo inteiro, é: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte III


O filme de hoje é mais uma obra perfeita do Steven Spielberg: Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros.

Lançado em 1993 e baseado no livro homônimo de Michael Crichton, conta a história de um parque criado por John Hammond, presidente de uma empresa de biotecnologia chamada InGen, que consegue clonar dinossauros através de DNA extraído de mosquitos fossilizados em âmbar. Visando lucrar muito, John constrói em uma ilha costa-riquenha um zoológico e parque de diversões com dinossauros, o Jurassic Park. Entretanto, para supervisionar a segurança do parque, os executivos exigem uma inspeção por dois especialistas. Então, Hammond convoca o paleontólogo Alan Grant e o matemático Iam Malcolm. Junto com eles, Ellie Sattler, amiga de Grant, os netos de Hammond, Alex e Tim, e o advogado Donald Gennaro. Durante a visita, o controlador Dennis Nedry, subornado pela rival da InGen, desliga todo o parque a fim de roubar os embriões de dinossauros para vendê-los. Com os animais à solta, todos tentam escapar com vida do parque, numa emocionante produção cheia de efeitos especiais e, claro, muitos dinossauros (Bichinhos que eu amo! =D).

Além de vários outros prêmios, o filme ganhou 03 Oscars em 1994: nas categorias de melhores efeitos especiais, melhores efeitos sonoros e melhor som. Abaixo o trailer do filme:


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte II



Continuando a série de posts, hoje o filme escolhido foi “A Bela e a Fera”, da Disney.

Adaptado do conto de fadas francês e lançado em 1991, é o 30º filme de animação produzido pela Walt Disney Pictures e considerado um clássico.

A história se passa em uma pequena aldeia francesa, no final do século XVIII, onde vive Bela, uma jovem que foge da rotina de sua vida e que se sente diferente das demais pessoas com quem convive, procurando refúfgio nos livros.

Um dia, seu pai (que é um inventor), chega no castelo da “Fera”, que na verdade é um príncipe sob forte encantamento. O pai de Bela é feito prisioneiro, e para salvá-lo, Bela se oferece para assumir o lugar do pai como prisioneira do castelo, e a Fera aceita.

Com o passar do tempo, a prisioneira, com a ajuda dos empregados encantados do castelo, passa a ver que por trás da aparência assustadora da Fera se esconde o coração e a alma de um príncipe humano.

O desenho ganhou em 1992, dois Oscars, três Globos de Ouro, e venceu o Grammy Awards nas categorias de Melhor Composição Instrumental e Melhor Canção Original, com a música “Beauty And The Beast”, de Celine Dion.

Considero “A Bela e a Fera” o mais clássico dos contos de fadas, e também o mais bonito! =D

Abaixo a parte mais bonita do desenho da Disney, na minha opinião:



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Filmes Clássicos – Parte I

Começarei hoje uma série de posts sobre filmes que marcaram minha infância, e que foram sucessos mundiais.

O primeiro de todos, sem dúvida, é o filme “E.T. – O Extraterrestre”, de Steven Spielberg.

Lançado em 1982, conta a história de um extraterrestre que ficou perdido em nosso planeta. O “ET” faz amizade com um garoto de dez anos (Elliot), que o ajuda a regressar ao seu planeta de origem, e que o protege de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia pelo serviço secreto americano.

O filme foi um dos maiores sucessos de bilheteria de toda a história do cinema, sendo o primeiro a ultrapassar a marca 700 milhões de dólares. Ganhou em 1983: Quatro Oscars, dois Globos de Ouro, e foi vencedor na categoria de “Melhor Trilha Sonora Composta Para um Filme” no Grammy, além de muitos outros prêmios.

Quem não se lembra da frase: “ET – TELEFONE – CASA!”?


















sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Wanderlust


Existem termos e palavras que são únicos e característicos de um determinado idioma, e que não possuem uma tradução compatível de sua essência em outros idiomas, e que por isso, acabam sendo utilizados em sua escrita e pronúncia originais no mundo todo.

Na grande maioria das vezes, estes termos traduzem um estado de espírito, um sentimento comum, que os tornam compreensíveis a qualquer ser humano.

Eu, particularmente, adoro estes termos!

Um dos meus preferidos é o “Wanderlust”, cuja tradução em português mais próxima para seria “Desejo de viajar”.

“Wanderlust” é um termo que descreve um forte desejo de caminhar, de ir, apenas ir, a qualquer lugar, em uma caminhada que possa levar ao desconhecido, a algo novo, um forte desejo de explorar o mundo.

A expressão é derivada do alemão: “wandern” (a vagar), e “lust” (desejo).

O “Wanderlust” também é caracterizado por um saudosismo, ou sensação de saudade de algum lugar no qual nunca se esteve antes. Também é compreendido como as “viagens humanas” realizadas por nossa mente. Resumindo, o “Wanderlust” sempre dá a idéia de busca, seja de algo físico, mental ou espiritual; ele é a viagem que cada um deseja fazer de algum modo.

Todos nós, em algum momento da vida, já sentimos o “Wanderlust”, de alguma forma!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Diversos!

Bem, hoje decidi fazer um post abordando 3 coisas:

*1ª – Nada de ETs! Eles deram um cano na gente! Um bando de furões eles são! Huahauahuahuahauhau! Ou talvez tenha acontecido algum acidente no caminho, ou algum deles esqueceu o filho trancado no banheiro em casa e precisaram voltar para resgatá-lo, ou realmente estamos sós no universo, ou...................................?????!!!!!!

*2ª – Hoje é Dia dos Professores! Parabéns pra gente! \o/

*3ª – Ontem eu estava vendo o “Almanaque dos Anos 80” (presente de Dia das Crianças que dei para o meu namorado! rsrs), e dentre muitas coisas relembradas, eu vi os “Ursinhos Carinhosos”!!! =D
Quem da geração de 80 nunca assistiu a um desenho deles? Ou teve um ursinho de pelúcia deles? Ou teve um aniversário com decoração deles? Recebeu ou deu um cartão com desenho deles? Aiiiii, que saudade! Até hoje eu tenho o meu Ursinho Carinhoso dos Bons Sonhos! Abaixo, algumas informações:

Os Ursinhos Carinhosos (no original inglês, Care Bears) são um conjunto de personagens criado pela American Greetings em 1981 para cartões de boas-festas e de aniversário (greeting cards). O desenho original para os cartões foi pintado pela artista Elena Kucharik. Em 1983, Kenner pegou as personagens e criou o primeiro de uma série de ursos de pelúcia, baseados nos Ursinhos Carinhosos. Cada Ursinho Carinhoso tem uma cor diferente e uma insígnia individual na barriga.
Os Ursinhos Carinhosos apareceram na sua própria série de televisão, “Os Ursinhos Carinhosos” (The Care Bears), de 1985 a 1988, e também em três filmes de longa-metragem baseados na série: "The Care Bears Movie" (1985), "The Care Bears Movie II: A New Generation" (1986) e "The Care Bears Adventure in Wonderland" (1987).
Dentre os vários personagens que habitam a Nuvem Rosa, estão: Valente, Ternura, Sonho, Coração, Amado, Amor-Sem-Fim, Brilhante, Caridosa, Amor, Sorte, Campeão, Vovó Urso, Animadinha, Sincera, Cavalinho Nobre e Doçura. http://pt.wikipedia.org/wiki/Care_Bears

Abaixo o vídeo da abertura do desenho dos Ursinhos Carinhosos, que aqui no Brasil foi transmitido pelo SBT:

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

John Ronald Reuel Tolkien




John Ronald Reuel Tolkien, nasceu em 3 de Janeiro de 1892, na África do Sul; foi um escritor, professor universitário e filólogo britânico.

Aos três anos de idade, com sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal de seus pais. Desde pequeno fascinado pela lingüística, cursou a faculdade de Letras em Exeter. Lutou na Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário" complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das mundialmente famosas obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, que, postumamente publicada, é considerada sua principal obra, embora não a mais famosa.

Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e Literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo precedido de outros escritores de fantasia, tais como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison, devido à grande popularidade de seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica", e sua obra influenciou toda uma geração.


Abaixo, algumas citações de Tolkien:

"Muitos que vivem merecem morrer. Alguns que morrem merecem viver. Você pode lhes dar a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte, pois mesmo os mais sábios não podem ver os dois lados."

"Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou."

"Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado."

"O conselho é uma dádiva perigosa, mesmo dos sábios para os sábios, e tudo pode dar errado."

"Aquele que quebra uma coisa para descobrir o que ela é, deixou o caminho da sabedoria."

"Mesmo as aranhas mais caprichosas podem deixar um fio frouxo."

"Muitas vezes a verdade se esconde nas mentiras."

"Não jure que caminhará no escuro aquele que não viu o cair da noite."

"Não despreze a tradição que vem de anos longínquos; talvez as velhas avós guardem na memória relatos sobre coisas que alguma vez foram úteis para o conhecimento dos sábios."

"Para olhos tortos a verdade pode ter um rosto desvirtuado."

"Alguém que, numa necessidade, não consegue jogar fora um tesouro, está acorrentado."

"Com freqüência o mal com o mal se apaga."

"A mão queimada ensina melhor. Depois disso, o conselho sobre o fogo chega ao coração."

"A guerra deve acontecer, enquanto estivermos defendendo nossas vidas contra um destruidor que poderia devorar tudo; mas não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem."

"O elogio que vem daquele que merece o elogio está acima de todas as recompensas."

"Ações generosas não devem ser reprimidas por conselhos frios."

"Um traidor pode trair-se a si mesmo e fazer o bem que não pretende."

"A esperança muitas vezes engana, [...] o auxílio que chega sem ser esperado é duplamente abençoado."

"É sempre assim com as coisas que os homens começam; há uma geada na primavera, ou uma praga no verão, e suas promessas fracassam. O feito dos homens sobreviverão a nós."

"Não é nossa função controlar todas as marés do mundo, mas sim fazer o que pudermos para socorrer os tempos em que estamos inseridos, erradicando o mal dos campos que conhecemos, para que aqueles que viverem depois tenham terra limpa para cultivar. Que tempo encontrarão não é nossa função determinar."

"Muitas vezes precisa ser assim [...] quando as coisas correm perigo: alguém tem de desistir delas, perdê-las, para que outros possam tê-las."

"O valor encontra-se em lugares improváveis ."

"Se houvesse mais pessoas a valorizar a comida, a alegria e a música, mais do que o vil ouro, viveríamos num mundo mais feliz."

"Não é sensato deixar um dragão fora dos teus cálculos, se vives perto dele."

"Este é um mundo caído, e não há consonância entre os nossos corpos, as nossas mentes e as nossas almas."

"Os traiçoeiros são sempre desconfiados."

"Aquilo que nós mesmos escolhemos é muito pouco: a vida e as circunstâncias fazem quase tudo."


Quem quiser saber mais sobre Tolkien, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Ronald_Reuel_Tolkien

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

.:*Poesia para uma segunda-feira cinza*:.


hoje não saí pra buscar flores
está chovendo lá fora
e aqui dentro faz muito frio

tento sempre dar o melhor de mim
me doar por inteiro
ser mais por alguém

mas parece que sempre, sempre
faço tudo errado
e destruo tudo que toco

chega a ser insuportável
essa coisa que sufoca
que corrói o peito
sentimentos misturados
díspares – complexos – opostos

e além de tudo, o medo
de me perder
de não mais encontrar
já nem sei mais pra onde olhar

sinto-me um monstro inominado
que vaga sozinho à procura de abrigo
ou talvez seja uma lagarta sofrendo
pra se transformar em borboleta