quinta-feira, 19 de março de 2009

Poema sem I


Poema sem “I”

Em tudo e por tudo
Sou como o vento que sopra,
Como a água que brota
Clara, na natureza,
Sou como a leveza
Da pluma,
Flutuando ao sabor da aragem,
Sou a um só tempo,
A saudade e a chegada,
O choro e a recompensa,
A falta e a presença,
O descanso e a jornada.
Sou como a folha dançando
Nos ventos das tempestades,
Sou o regato que murmura,
E em suave correr, jura
As juras de eterno amor...
Sou o afeto e o calor,
Sou o perfume da mata,
O espelho de uma fonte,
Sou o verdejante monte
De onde vertem essas águas...
Sou o lamento de mágoas,
O bradar de uma saudade,
Sou também o alvorecer
De uma nova alvorada,
Sou a esperança velada
Desse novo renascer,
À espera do momento
De reencontrar você...


-Autor desconhecido -

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