terça-feira, 10 de março de 2009

A cura


A Cura


Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida

Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina

Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir

Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura

Existirá
Em todo porto se estiará
A velha bandeira da vida

Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina

Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir

Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura


-Lulu Santos-

7 comentários:

osana disse...

Oi Má!!! que saudade
Estes dias estava lendo alguns poemas em busca de algo que eu pudesse apresentar para as crianças no meu trabalho voluntário e que falasse sobre a importância que temos uns para os outros, dai acabei encontrando alguns poemas tão bonitos que pensei: "tenho que enviá-los para alguém que realmente goste"

osana disse...

Então ai vai

Poema sem “E”

Quando amar
Não for mais a minha vida,
Quando o sonhar
Não mais for
A razão última
Da minha caminhada,
Vou buscar
Outros sorrisos,
Noutras plagas.. .
No caminho da brisa,
No calor noturno,
No raiar do sol,
Nas ondas do mar...
Quando, saudosa
A aflição já não mais habitar
Minha alma,
Quando a calma
Do luar da madrugada
Já não mais
Falar ao coração,
Vou buscar outros risos
Nos paraísos
Ainda por sonhar,
Nos haustos carinhosos
Ainda por aspirar,
No país do amor
Ainda por visitar...

osana disse...

Poema sem “I”

Em tudo e por tudo
Sou como o vento que sopra,
Como a água que brota
Clara, na natureza,
Sou como a leveza
Da pluma,
Flutuando ao sabor da aragem,
Sou a um só tempo,
A saudade e a chegada,
O choro e a recompensa,
A falta e a presença,
O descanso e a jornada.
Sou como a folha dançando
Nos ventos das tempestades,
Sou o regato que murmura,
E em suave correr, jura
As juras de eterno amor...
Sou o afeto e o calor,
Sou o perfume da mata,
O espelho de uma fonte,
Sou o verdejante monte
De onde vertem essas águas.. .
Sou o lamento de mágoas,
O bradar de uma saudade,
Sou também o alvorecer
De uma nova alvorada,
Sou a esperança velada
Desse novo renascer,
À espera do momento
De reencontrar você...

osana disse...

Poema sem “O”

Vinha eu,
Em alegrias pela vida,
A caminhar,
Entre alegres gargalhadas
E a cantar,
Até que, numa curva qualquer
De minha estrada
Lá estavas tu,
Linda,
A me esperar...
Mas,
Vi lágrimas brilharem,
Vi esperanças tristes,
Vi um caminhar errante,
E vi uma luz esfuziante
Que teu caminhar,
Deixava para trás...
E vi também a calma
Que nessa luz recendia.. .
E assim caminhavas,
Flutuavas,
Qual frágil avezinha,
E te ver assim,
Deu- me a certeza
De que eu seria teu,
E tu serias minha...
E desde aquele dia
Em nenhum instante,
Deixei nunca de te venerar...
Desde aquele dia
Mergulhei na mágica sublime de te amar...

osana disse...

Poema sem “U”

Olhar a noite encantado,
E contar estrelas,
E sorrir ao vê- las
Sorrindo pra mim,
É te ver assim,
Entre elas,
Sempre a protegê- las,
Eis como são minhas noites,
Noites sem fim...
Sorrir para o infinito
E conter o grito
De alegria...
Ver nascer o dia
Ensolarado e meigo...
Sorrir para a brisa
E sonhar
Mil sonhos acalentados,
Tão esperados,
Tão acorrentados,
Tão enamorados,
Tão febris e ternos...
Ir aos infernos
Apagar as chamas
Desse desespero,
Desse exagero
De amor extremo!
Sentir- te o coração
Sem poder tocá-lo,
Nessa agonia
Desse amor- paixão!

osana disse...

O único meio que achei de enviar os poemas foi por aqui, só não sei se estou fazendo certo...

Bjs fada

osana disse...

Poema sem “A”

Senti como poucos
O mundo dos doces sonhos,
E os espectros medonhos
Que existem em mil superstições...
Chorei por muitos verões,
Repisei mundos guerreiros,
Revisitei meus velhos museus,
Que, por conter projetos idos,
Vertem gritos de dor
De tempos doloridos...
Deixei que meus sonhos se desfizessem,
Como se pudesse o sol existir
Em flores que em luz fenecem...
Errei por muitos penedos,
Gritei por sobre os montes
Todos os meus medos,
E selei os meus segredos
No fundo do sofrido peito...
Enfim, hoje sei
Que no fim desse tormento
No sopro do vento,
Terei,
Meu momento de sorrir,
Meu momento de sentir,
E refletir,
E rever
Esse meu modo de viver...